terça-feira, 13 de setembro de 2022

A dor

 No auge dos seus 94 anos, 

é inevitável fugir da dor... 


da dor da alma, 

da dor da perda... 

talvez outras dores, 

possam ser possíveis de "recuperação", 

porém a dor da perda de um filho, toca no mais íntimo dos nossos sentimentos …


É triste, é sensível demais lidar com esse sofrimento.


A VIDA não pára..

e  não é  permitido desligar o botão do novo dia, 

precisamos ser fortes, mesmo não conseguindo ser. 


Essa fortaleza que buscamos desenfreadamente será sempre o nosso desafio diário e o nosso combustível.  


Sentada do lado de fora da casa, "conformada?"...,  

ela olha a rua, olha para fora do que o seu interior é capaz de ver.


Apenas olha... 

acompanha o vaivém dos carros, das pessoas e por hora talvez pensa, em fugir da sua dor.


Sua dor de mãe, que carregou no ventre seu filho amado, que acompanhou o crescimento e a trajetória da vida dele.


Hoje as lágrimas parecem ser desnecessárias para expor a aflição do seu íntimo.

Hoje o seu coração bate fraco pela fragilidade da vida.


Eu a admiro pela fortaleza de mulher que és.


autora: Rosicler Ceschin  

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