Enfim cheguei
a uma conclusão, nada extraordinária, que hoje vivemos a ditadura do hábito, pois
em muitas situações não pensamos sobre nada e isso nos possibilita a cairmos na
armadilha do holocausto do marketing: pra
ser bonita tem que ser magra... Hoje o bonito é “ficar” e não namorar,
a falta de valores é moda. A repetição dos hábitos nos deixa pouco reflexivo. Vivemos
hoje numa sociedade que tem muitas forças de todos os lados que criam esse tipo
de armadilha. A sociedade que nós vivemos é um modelo controlado, vigiado, as
pessoas são praticamente iguais tem hábitos muito parecidos. A mídia, o
marketing, o dia a dia, dentro da empresa nós estamos o tempo todo tendo que
nos acostumar com determinados hábitos, e repeti-los nos tornando pessoas
previsíveis para que o sistema funcione melhor. E no fim, quanta dor, quanto
sofrimento, quantos problemas psicológicos, quantas doenças de alma nós
alimentamos, devido ao fato de que muitas vezes não conseguimos nos adaptar, ou
não conseguimos pensar e refletir sobre o que nós fazemos e isso nos impede de
sermos pessoas plenas no sentido reflexivo.
Vivemos num
mundo onde as pessoas buscam incansavelmente de todas as maneiras a felicidade e
o prazer, sendo estes, a qualquer modo. Ser feliz hoje é praticamente uma
regra. Segundo Aristóteles, tem
a ideia que a felicidade não é possível sem a ideia de reflexão, pois para ter
a felicidade, nós precisamos refletir, é isso que ele chama de (fronesis=prudência),
sabedoria prática.
Essa idéia
que nós temos que ter prazer e ser feliz o tempo todo, é um novo tipo de
ditadura do hábito que se repete e que de alguma forma, anula a nossa
possibilidade de reflexão.
By Rosicler Ceschin
Nós vos pedimos com insistência, nunca digam: isso é
natural!
Diante dos acontecimentos de cada dia, numa época em
que reina a confusão, em que corre o sangue, em que o arbitrário tem força de
Lei, em que a humanidade se desumaniza. Não digam nunca: isso é natural! A fim
de que nada passe por ser imutável.
- Bertold
Brecht -