sábado, 9 de março de 2013

Tenho refletido sobre várias coisas: sobre as pessoas, sobre a educação...




Enfim cheguei a uma conclusão, nada extraordinária, que hoje vivemos a ditadura do hábito, pois em muitas situações não pensamos sobre nada e isso nos possibilita a cairmos na armadilha do holocausto do marketing: pra ser bonita tem que ser magra... Hoje o bonito é “ficar” e não namorar, a falta de valores é moda. A repetição dos hábitos nos deixa pouco reflexivo. Vivemos hoje numa sociedade que tem muitas forças de todos os lados que criam esse tipo de armadilha. A sociedade que nós vivemos é um modelo controlado, vigiado, as pessoas são praticamente iguais tem hábitos muito parecidos. A mídia, o marketing, o dia a dia, dentro da empresa nós estamos o tempo todo tendo que nos acostumar com determinados hábitos, e repeti-los nos tornando pessoas previsíveis para que o sistema funcione melhor. E no fim, quanta dor, quanto sofrimento, quantos problemas psicológicos, quantas doenças de alma nós alimentamos, devido ao fato de que muitas vezes não conseguimos nos adaptar, ou não conseguimos pensar e refletir sobre o que nós fazemos e isso nos impede de sermos pessoas plenas no sentido reflexivo.
Vivemos num mundo onde as pessoas buscam incansavelmente de todas as maneiras a felicidade e o prazer, sendo estes, a qualquer modo. Ser feliz hoje é praticamente uma regra. Segundo Aristóteles, tem a ideia que a felicidade não é possível sem a ideia de reflexão, pois para ter a felicidade, nós precisamos refletir, é isso que ele chama de (fronesis=prudência), sabedoria prática.
Essa idéia que nós temos que ter prazer e ser feliz o tempo todo, é um novo tipo de ditadura do hábito que se repete e que de alguma forma, anula a nossa possibilidade de reflexão.

By Rosicler Ceschin


Nós vos pedimos com insistência, nunca digam: isso é natural!

Diante dos acontecimentos de cada dia, numa época em que reina a confusão, em que corre o sangue, em que o arbitrário tem força de Lei, em que a humanidade se desumaniza. Não digam nunca: isso é natural! A fim de que nada passe por ser imutável.



 - Bertold Brecht  -