No auge dos seus 94 anos,
é inevitável fugir da dor...
da dor da alma,
da dor da perda...
talvez outras dores,
possam ser possíveis de "recuperação",
porém a dor da perda de um filho, toca no mais íntimo dos nossos sentimentos …
É triste, é sensível demais lidar com esse sofrimento.
A VIDA não pára..
e não é permitido desligar o botão do novo dia,
precisamos ser fortes, mesmo não conseguindo ser.
Essa fortaleza que buscamos desenfreadamente será sempre o nosso desafio diário e o nosso combustível.
Sentada do lado de fora da casa, "conformada?"...,
ela olha a rua, olha para fora do que o seu interior é capaz de ver.
Apenas olha...
acompanha o vaivém dos carros, das pessoas e por hora talvez pensa, em fugir da sua dor.
Sua dor de mãe, que carregou no ventre seu filho amado, que acompanhou o crescimento e a trajetória da vida dele.
Hoje as lágrimas parecem ser desnecessárias para expor a aflição do seu íntimo.
Hoje o seu coração bate fraco pela fragilidade da vida.
Eu a admiro pela fortaleza de mulher que és.
autora: Rosicler Ceschin